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21 de janeiro de 2014

Pessoas do mesmo planeta ou invasores? Reflita!




A grande maioria, diz repudiar preconceitos de toda a ordem. Entretanto, a luz da ribalta percebe-se o paradoxo, ao observarmos alguns preconceitos velados.
Entre os quais, a xenofobia, que tem crescido a passos galopantes, com enfoque na Europa, (questão sociopolítica) onde o nacionalismo exacerbado se coloca de forma contundente deixando á descoberto o tipo de preconceito a ele atrelado. Todavia a problemática da xenofobia não é um patrimônio europeu.


No Brasil, muito embora de forma velada, xenofóbicos criam justificativas infundadas como parâmetro. Atitudes vista nas “vaias” de recepção aos integrantes do Programa Mais Médicos (PMM), nas brincadeiras, nas insinuações, nos apelidos, nas conversas banais, de gente que inclusive gosta de viajar para dentro ou fora do seu País e ser bem tratado, que, com razão, acha absurdo ser julgado, estereotipado, ou rotulado, mas que muitas vezes, reproduz este tipo de preconceito, esquecendo-se que muitos irão  ou estão em outros países por razões diversas, e que há cem anos, seus avós e bisavós atravessaram o oceano para o Brasil com a mesma esperança,  contribuindo para a construção do país.


Aquele que levanta bandeiras, apontando invasores se esquece que somos todos invasores se seguirmos a “lógica de quem chegou primeiro”.

A história da humanidade também é feita de migrações, miscigenações e a onda globalizante provoca transformações muito positivas se nos permitirmos “ultrapassar” barreiras culturais, impulsionada pelas facilidades de intercâmbio e processos de informação, em razão das inovações da "Techno-informação", que modernizou, agilizou as interações. A globalização é uma grande aliada desta pluralidade, permitindo que possamos consumir produtos e serviços tanto nacionais quanto importados, com contribuição de diversas culturas nessas produções.

O processo de globalização, a cada dia que passa, cria variadas formas de interligar  povos dos mais longínquos recantos do mundo, das mais variadas culturas, línguas, economias, estreitando costumes e, com essa integração, possibilitando a elevação de qualidade de vida de muitos graças, às sofisticadas tecnologias postas à disposição da comunidade internacional, e trocas culturais que inclui o aprendizado de outro idioma, contribuindo para a liberdade, crescimento desenvolvimento do ser humano, ao aproximar  diferentes culturas.


 O que faz uma pessoa crer que tem mais ou menos direitos que outra por estar naquele “pedaço da terra”? “Cheguei primeiro”? “Você nem é daqui”? Se inclusive no interior de qualquer sistema (família, empresa, instituição de qualquer natureza), o diferente coexiste: de um lado, a busca para preservar o status quo; de outro, a tendência de evoluir e ampliar as fronteiras, incorporar novos participantes, ampliando o campo de ação.

Se não seguirmos a “ideia de quem chegou primeiro ninguém é invasor, afinal, somos todos pessoas do mesmo planeta que se ajudam mutuamente, que deveriam transitar legalmente, para não se tornar criminoso violando a fronteira de um outro País. Porque se arrombarmos a porta de outrem, tornamo-nos “persona non grata”, não seremos bem-vindos, e nem tão pouco acolhidos, em virtude da abrupta chegada. Aqueles que queiram viver em outro país, precisam fazer uso de meios legais para o ingresso. Assim, deveríamos poder viver em qualquer lugar de nossa escolha, para neste trabalhar, estudar a cidadania exercer, convivendo com o diferente harmonicamente, para que diferenças possam agregar, criar, desenvolver, sem que sejamos indiferentes a isso.


Porque fatos tão aleatórios e irrelevantes como local de nascimento, precisam determinar as oportunidades que teremos? Quem somos, o que fazemos, o potencial, o respectivo grau de informação, as experiências pessoal e profissional não contam? Oportunidade deveria depender da meritocracia, e esta por sua vez nada tem a ver com local de nascimento.

Deve-se salientar que, sim, os xenofóbicos ainda são exceção, e que no estado democrático de direito devemos respeitar todas as opiniões, inclusive as controversas, ou que não acham concordância nas nossas. É contraditório falar que as diferenças podem convergir, que preconceitos embaçam a visão do portador, engessando qualquer entendimento, e por outro lado tecer um olhar julgador, e com a devida licença á redundância: Um pouco preconceituoso até sobre os preconceitos dos outros, afinal, todos temos os nossos, em maior ou menor grau.

O ideal, seria que preconceitos não tivéssemos, ou que pelo menos não ferissem do jeito que ferem aqueles que de preconceitos são vítimas. Mas, ideal mesmo é que deixemos de ser vítimas para sermos autores e protagonistas da nossa história, porque, sim, no mundo existem preconceitos dos mais variados, todavia, ainda em escala maior, temos os conceitos de amor, empatia, compreensão, cooperação e compartilha.


E que a ponte que nos une, seja, mais forte, coesa, do que eventuais diferenças entre nós, para que a nossa união seja uma resposta sempre eficaz.


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